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Complexo Madrepérola (Villas Gregas)

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Complexo Madrepérola (Villas Gregas)

O projeto para o Complexo Madrepérola (nome de batismo dado pelo MooMAA para o projeto), chamado de "Villas Gregas" pelos promotores/proprietários, é um projeto de grande envergadura, envolvendo projeto urbanístico e paisagistico de área significativa e sensível no Município de Governador Celso Ramos, litoral norte de Santa Catarina, acrescido de projetos arquitetonicos de quatro tipos de residencias unifamiliares, hotel, centro esportivo, centro comercial, guarda náutica, clube de vela, clube social, além de praças, áreas de lazer, passagens de nivel e passarelas sobre áreas de preservação ambiental e áreas públicas. 

O projeto, realizado para a Área de Preservação Ambiental - APA do Anhatomirim, foi desenvolvido de 2007 a 2017, abrangendo a investigação de diversas hipóteses de ocupação da área, considerando questões importantes sobre a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade do empreendimento. Igualmente o projeto objetivou  preservar os ideiais de aproveitamento urbanistico para área, de seu antigo proprietário, o arquiteto Carlos M. Fayet, assim como os padrões de qualidade urbanísticos e arquitetônicos, defendidos por Fayet, Moojen e os da vanguarda arquitetonica moderna no Estado, assim como de toda a equipe técnica envolvoida, nem sempre respeitados pelos atuais agentes do mercado imobiliário ou por leigos, alheios da responsabilidade ambiental e/ou cultural da arquitetura e urbanismo.

O Estudo de Viabilidade do empreendimento foi aprovado pelo FATMA, órgão público de gestão do meio ambiente de Santa Catarina e pela Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos. Igualmente o projeto de urbanismo e arquiteto foi aprovado preliminarmente pela Prefeitura do Município. A imagem acima, mostra o estudo para a última versão do projeto urbanístico do Condominio, realizado em 2017  e no desenho abaixo, o projeto básico e executivo para toda a área urbanizada.

A seguir, o texto realizado para encaminhamento aos empreendedores e órgãos públicos, em 2010:

1.Introdução

O arquiteto Carlos Maximiliano Fayet, ao longo dos anos, adquiriu um conjunto contíguo de propriedades situadas junto ao mar, no município de Governador Celso Ramos, Santa Catarina. As terras abrangem, em uma das partes, elevações da Serra do Mar, com áreas conservadas da Mata Atlântica e um trecho relativamente plano frente a orla. Durante um largo período de tempo, usufruiu nas férias, com sua família, dos encantos do lugar, introduzindo melhorias na propriedade, além de mante-la íntegra na paisagem. Ao todo o conjunto monta 115ha na parte plana e na encosta da elevação junto a estrada  que corta a propriedade. Fayet, imaginou a construção de um condomínio de lazer, para o qual concebeu um estudo preliminar ocupando entorno de 22ha (19% do total) com  aproximadamente 6ha de orla marítima. No ano de 2009, devido ao seu  falecimento, por solicitação da família, o escritório Moojen & Marques Arquitetos Associados, encarregou-se de dar andamento no projeto, tendo para isto sistematizado os elementos gráficos necessários a instrução do processo que foi aprovado pela prefeitura de Governador Celso Ramos, condicionado no entanto à anuência dos órgão públicos ligados ao meio ambiente. Foram feitas consultas ao FATMA e ao IBAMA, incluindo solicitação de escopo de trabalho para obtenção de EIARIMA, condição para dar seguimento nos trabalhos.

Nesta oportunidade a partir do interesse da Imobiliária Faggion e a Construtora Forma em executar um empreendimento na parte abrangida pelo estudo realizado por Fayet, adotando um programa parcialmente diverso do original, cuja viabilidade urbanística e econômica potencializada pelos fatores naturais do local, passou a depender de uma avaliação físico-quantitativa de seu aproveitamento em função do que se pretende executar. Assim tornou-se necessário a elaboração de um novo estudo preliminar visando a acomodação do programa proposto. Este programa vem sendo enriquecido ao longo de conversações, estudos e visitas ao local, até a etapa atual onde em a versão desenvolvida, fundamenta-se apenas nos elementos disponíveis, objetivando no futuro, encaminhar todas as ações e estudos necessários a viabilização da idéia que for finalmente adotada. Nesete sentido, é indispensável a realização dos levantamentos, em especial o topográfico plani-altimétrico, e os demais exigidos pelos órgãos ambientais (todas estas açoes foram realizadas posteriormente).

2. A Gleba

A área é constituída por 13 títulos de propriedades (cfme imagem 8 da prancha 2 - “Localização e áreas das escrituras”). Situa-se no Município de Governador Celso Ramos, Santa Catarina – Coordenadas  27°23´01”S 48°33'45”O (referência – casa da Família Fayet), no continente, fronteira à praia do Jurerê na Ilha de Florianópolis. Possui área total de 115 ha, sendo a parte a ser utilizada nesta etapa igual a 26 ha. A diferença de nivel é de 210m, na área de 115ha, segundo levantamento do exército, da cota do mar até a cota no seu ponto máximo. É cortada pela antiga estrada da costeira, hoje transformada em rua, já que foi incluída na zona urbana do município. A parte a ser urbanizada tem no setor oeste  (maior) elevações e vegetação pronunciadas, sendo que a leste junto ao mar, há menos vegetação nativa e topografia amena constituída de dois platôs seccionados pelo arroio com vale acentuado e vegetação ciliar.

A orla, propriamente dita, com um total de 925 metros lineares, a partir de sua parte sul, considerando a faixa de marinha com cinquenta metros, pode ser descrita da seguinte forma:

2.1 – Prainha Sul: Aproximadamente 120 metros de extensão;

2.2 – Praia do Muro: Local de aproximadamente 145 metros de extensão onde há a construção de um muro de granito sobre a faixa da marinha, com altura de +/- três metros, local concedido, onde seria construída as instalções para industrialização de peixe;

2.3 – Praia do Centro: Com aproximadamente 155 metros, parte do final do muro até a foz do arroio, junto a uma formação de pedras que avança sobre o mar, com faixa de areia e arborização plantada ao longo do percurso;

2.4 – Prainha do Norte: Com aproximadamente 175 metros de extensão, da foz do arroio até o inicio do costão;

2.5 – Costão: Área inteiramente absorvida pela faixa de marinha, a qual é invadida em trechos pela estrada, com aclives extremamente íngremes, tendo junto ao mar, uma contínua formação de pedras soltas.

3. Condicionantes do Estudo Preliminar

3.1– Programa de Necessidades:

O Programa de Necessidades a ser contemplado no projeto, após alguns debates, constou do seguinte:

3.2 -  Limitações Legais:

As limitações legais para ocupação da parte escolhida para urbanização, quando identificadas em planta, revelam as áreas disponíveis, bem como condições básicas genéricas para induzir o projeto:

– Faixa da Marinha – 50 metros da linha média das marés;

– Faixa de proteção da mata ciliar ao longo do arroio e seus afluentes – 30 metros;

– Traçado viário – Estrada da Costeira, atualmente rua, com 18 metros de largura.

Linha da Cota altimétrica – imposição municipal de limite de urbanização – 100 metros;

– Ocorrência de mata nativa a preservar;

É importante lembrar que no momento, enquanto não houver levantamento local, muitos destes dados estão sendo considerados com alguma reserva sujeitos a confirmação futura;

3.3 -  Forma e estrutura física da gleba, objeto do estudo preliminar do projeto:

O conjunto dos elementos até aqui tratados permitem uma indução inicial do caminho a seguir no projeto, a partir das considerações a seguir:

– Forma geral, da parte considerada no projeto, alongada no sentido norte – sul, propiciando faixas paralelas ao mar vocacionadas para usos diversos;

- Seccionamento – A estrada (rua) implantada no mesmo sentido da gleba impõe a primeira divisão, ou seja, ao leste a parte mais vinculada fisicamente ao mar e a oeste a ligada à elevação do terreno e matas, cuja principal comunicação com o mar e a paisagem circundante é visualmente panorâmica;

Outros seccionamentos ocorrem por conta da passagem dos arroios e conjunto de lotes pertencentes a terceiros;

3.4 -  Pré – existências

– Trecho assegurado à família Fayet a partir das contruções localizadas – Casa¸ moinho e reserva de lotes;

– Muro de granito com aproximadamente 145 metros construído sobre a área da marinha.

4 – Projeto – Estudo Preliminar Urbanístico:

4.1 – Implantação e zoneamento:

A forma da gleba ligada ao projeto, aliada às condições físicas e topográficas do programa estabelecido e os condicionantes mencionados, levam às seguintes propostas:

 – A ocupação do terreno deve ser materializada por faixas orientadas no sentido norte – sul, configurando as filas de uma grande platéia tendo o mar como palco;

- Assim a primeira fila é constituída da faixa  da Marinha (50 x 925 metros) que passará a exercer a função de recreação e lazer a qual, dotada de tratamento paisagístico complementar aos dotes naturais, será o parque de uso comum do condomínio. Propicio ao convívio com a praia, recantos de estar, percursos de passeio, etc...

- A segunda faixa contém as unidades do condomínio (lofts) distribuídos segundo lotes com ocupação mais intensiva (=/- 300,00 m² cada unidade privativa), possuindo ainda os equipamentos de qualificação do empreendimento como restaurantes, área esportiva, marina, etc...

- O seccionamento ocasionado pelo arroio destaca dentro desta faixa, uma área de formato triangular, entre este a rua e o costão, configurando a vantagem de situar funções não pertencentes ao condomínio, ou convenientemente ligadas simultaneamente ao exterior.

- A terceira faixa a oeste da rua é destinada a lotes de maior dimensão (600 a 1000 m²). Esta faixa aproveita os fortes desníveis do terreno para propiciar vista panorâmica de toda baía, convivendo assim com a presença da mata e o recanto desejável do descanso.

- Esta faixa tem um seccionamento causado por propriedades de terceiros deixando no extremo sul uma parte da gleba para destinação específica como hotel, pousada, loteamento, etc...

5 – As Circulações:

Dividem-se em duas categorias:

5.1 – Pública

Constituída pela antiga estrada, hoje rua, e uma nova rua perpendicular a primeira projetada para acesso obrigatório ao mar e de serviços do condomínio. Estas vias dão acesso as portarias do condomínio, da área triangular ao norte da faixa dois e a gleba de uso ainda indefinido a sudoeste.

5.2 – Privativa 

De tráfego restrito do condomínio com uso de trafego lento para veículos, exclusivo para pedestres ou ambos. Estas circulações encontram-se codificadas na prancha 09.

6 – A estrutura do projeto - Faixa Dois

6.1 – Organização

 A organização dos lotes e dos equipamentos se dá segundo o eixo principal de distribuição interna implantado de forma a unir os dois extremos norte e sul que constituem polos de interesse do condomínio. Nestes extremos há o contato possível com os acessos exteriores. Seu percurso se dá em topografia amena, havendo no extremo norte um pontilhão que ultrapassa o arroio e conecta com a portaria de acesso e controle do condomínio. O local, de forma triangular que ficou seccionado fisicamente desta faixa, tem topografia extremamente movimentada com declive entre a estrada e o mar, onde está a prainha norte.

6.2 – O triangulo Prainha Norte

Esta parte da gleba, devido as circunstâncias fisico topográficas ficou apartada do conjunto. Tornou-se no entanto a parte mais propícia aos contatos com o exterior. Resolveu-se aproveitar essas condicionantes e implantar estratégicamente o principal acesso do condomínio, localizando a portaria de controle de ingresso equipada com um farol de sinalização vertical (totem), que sinaliza, à distancia, a localização do empreendimento. É aproveitada a geometria de uma das curvas da estrada para a visualização da portaria, principalmente para aqueles que demandam ao local provenientes da Br-101 e da Vila Armação da Piedade. O contato com o exterior propiciou ainda a implantação do restaurante público, constante do programa, que pode ser frequentado inclusive por clientes externos ao condominio, sem nele ingressar. A situação geográfica e topográfica do local permite visão panorâmica do mar, razão pela qual a diretriz do projeto arquitetônico será pela ocupação dos desníveis na forma de patamares que partindo da cota da estrada chega-se ao nivel do mar. A existencia da prainha pelos seus atrativos naturais (foz do arroio, vegetação abundante, faixa de areia e pedras esculturais), induz também a um aproveitamento comercial, para implantar atividade que proipicie seu seu uso efetivo como balneário. Neste caso muito valorizado pela exclusividade inerente no local. Propõe-se a implantação de um conjunto de lofts (dez unidades) as quais embora independentes podem funcionar com apoio do condominio, na forma de flats, e/ou do restaurante público ligado por um deque.

6.3 – A Prainha Sul:

Estão ali localizados:

6.3.1 – Acesso ao mar, através de uma via que liga o mar à estrada;

6.3.2 – Trecho de areia destinado aos pescadores;

6.3.3 – Estacionamentos e retorno de veículos;

6.3.4 – Restaurantes, bares e cozinha central subterrânea;

6.3.5 – Alojamento de funcionários;

6.3.6 – Área esportiva;

6.3.7 – Marinas;

6.3.8 – Local para a guarda e recuperação de barcos;

6.3.9 – Deque de 250 metros, desde o estacionamento no extremo sul até o lote da Família Fayet.

O corte da faixa de areia formado pela presença do muro de pedras cria uma possibilidade de implantar um trecho de praia própria para o qual imaginou-se aproveitar para localizar unidades residenciais diferenciadas. O prolongamento do platô situado sobre a faixa de marinha foi indicado para o seu aproveitamento como área esportiva, visto que a implantação prescinde de construções e se adequa à legislação municipal. A existência deste núcleo de lazer traz consigo a implantação dos restaurantes e bares internos ao condomínio constituindo assim um pólo de interesse dos condomínios, em essencial a juventude, que cativada pelo local não será tentada a circular pelas estradas da região em busca de entretenimento. A parte superior do muro oportuniza a implantação de um trecho do deque de madeira, construído em balanço sobre a praia, local de passeios induz à  contemplação, banhos de sol, etc. A partir dos extremos do muro seguem os atracadouros da marina cujas dimensões e localização prendem-se à proposta original do arquiteto Fayet.

6.4 – A Praia do Meio

Este trecho da orla é o mais valorizado para banhos de mar e tem seu acesso pelo caminho de pedestres situado no centro do condomínio.

7 – Projeto – Estudo Preliminar – Arquitetura

7.1 – Identidade Visual do Empreendimento:

Conforme combinado, foi realizado análise de alternativa de identidade visual para o empreendimento, dentro dos conceitos estabelecidos anteriormente para a arquitetura e urbanismno propostos, de forma a relacionar o sistema espacial e visual com o público alvo pretendidos. 

7.1.1- O Nome – Madrepérola Resort System:

O nome proposto Madrepérola, matéria prima da pérola, é o produto mais nobre produzido pelo oceano. Pérola também é uma expressão utilizada como algo precioso dentre outros elementos, algo raro, e especial.  Madrepérola portanto é a mãe da pérola, sua matriz original. A idéia de utilização desta expressão advém, além das conotações de sofisticação evidentes e seu relacionamento com o mar, do fato de o lugar ser tradicionalmente um santuário de conchas e ostras.

Segundo a wikipédia Madrepérola ou nácar é uma substância calcária, dura, brilhante, branca ou escura e iridescente produzida por diversos moluscos, especialmente os bivalves. São o principal componente das pérolas. Nácar é a substância que representa as bodas de trinta e um anos de casamento. Segundo algumas versões da Mitologia greco-romana, a deusa Vénus (para os romanos) ou Afrodite (para os gregos) nasceu de dentro de uma concha madrepérola tendo sido criada pelas espumas do mar. A madrepérola pode refletir freqüências difererentes da luz de acordo com a maneira como é iluminada, de modo que pode apresentar cores variadas, que vão dos rosas, aos azuisverdes e amarelos, em várias tonalidades. Esse efeito é considerando bastante agradável à vista. As pérolas são pequenas esferas feitas de nácar. São gemas bastante apreciadas. Quanto maiores forem, mais apreciadas são.

A palavra inglesa Resort significa refúgio, modalidade de atividade hoteleira, adequada para a condição do lugar.

Já System® está ligado ao conceito de operação planejada e flexibilidade de opções conforme diretrizes do projeto arquitetônico e urbanístico exclusivo.

7.1.2 – Sistema visual:

A escala cromática segue a idéia de sofisticação e sinteticidade: o azul do céu e o verde do mar, associados em duas faixas horizontais como a linha do horizonte, que abrigam o nome do empreendimento com letring simples e discreto.

Associado ao conjunto, há um campo para a designação de imagem, desenho ou pictograma, de acordo com o sistema a ser sinalizado.

7.2 – Lofts

O projeto das unidades habitacionais buscou harmonia, dentro das diretrizes estabelecidas pelos atuais proprietários da área, dos promotores e das significativas condições locais.  Basicamente o projeto dos diversos tipos de unidades procurou primar pelos seguintes valores:

7.2.1 – Visuais: Garantia das melhor condições de acesso às visuais privilegiadas da área, para todas as unidades, através de recursos como farta utilização de transparências, sistema de aumento progressivo do pilotis sob as casas,  garantindo contato visual com o mar. O Partido arquitetônico das unidades procurou um esquema de organização longitudinal, que além de favorecer o arranjo funcional de um loft, com espaços conectados de forma fluída, otimiza as superficies de contato visual do conjunto de unidades com o mar. Da mesma forma a implantação desencontrada das unidades, além de favorecer a privacidade torna o conjunto mais permeável.

7.2.2 – Caráter: A arquitetura proposta busca relacionar diversos conceitos estabelecidos nos debates e diretrizes preliminares. Em primeiro lugar, atendendo a solicitação do promotor, de associar a arquitetura com o nome “ Villas Gregas” proposto, através da estrutura independente e aparente, formada por modulação geométrica, estabelece-se analogia aos projetos das casas de tradição greco-romana denominadas domus, bem como a própria tradição clássica grega, do Partenon,  interpretada por Le Corbusier no Sistema Dom-inó. A relação mais evidente, com a arquitetura do mar Egeu, no entanto é o uso da monocromia branca e a utilização social dos terraços e coberturas como em Santorine;

7.2.3 – Flexibilidade: Todas as unidades buscam atender perfeitamente o programa de necessidades demandado, em suas diversas categorias, permitindo porém certa polivalencia de espaços, de forma a oferecer maior flexibilidade de adequação das unidades as particularidades, bem como permitir eventuais aumentos de determinados compartimentos, visando absorver o processo de aumento de familiares e hospédes, comum nos veraneios.

7.2.4 – Racionalidade Construtiva: Dado a quantidade de unidades e a possibilidade de economia de escala, a modulação estrutural bem como a dos paineis de fechamento lateral (vidro, madeira,venezianas), permite se for de interesse do empreendedor, a construção industrializada, otimizando o tempo de construção e evitando  os enfrentamentos com intempéries. Na hipótese de construção in loco, ainda assim o sistema construtivo favorecerá a racionalização de formas, repetição de serviços e produção de elementos. O uso da madeira, da mesma forma, além de regular o caráter arquitetônico ao local, estabelece sistema de construção a seco, favorável a repetição.

7.2.5 – Conforto Ambiental: As unidades foram projetadas de maneira a otimizar os parâmetros de controle natural de conforto assim como de manutenção e respeito ao meio ambiente. Boa parte das unidades estará descolada do solo, sobre pilotis, evitando problemas de umidade em chuvas torrenciais, comuns em Santa Catarina, e continuidade do terreno natural, assim como maior privacidade. As unidades exploram ao máximo a fachada norte, com todos os cômodos voltados para esta orientação, prevendo sempre a possibilidade de terraços e sistemas de venezianas móveis para controle da insolação. Todos os cômodos podem dispor de ventilação cruzada, do quadrante leste/nordeste em direção ao oeste/sudoeste, vento predominante de verão. A cobertura terraço, abriga simultaneamente a idéia de terraço jardim, cuja inércia térmica é favorável para o isolamento interior e para a absorção de calor em relação ao meio-ambiente. A fachada sul, desfavoravel no inverno é ocupada com áreas de circulação e paredes. As unidades adaptam-se bem aos períodos de inverno, podendo receber lareiras em diversos compartimentos, através  de um volume denominado “parede fogo”, assim como jardins de inverno.

Por fim as unidades buscam, dentro da atenção ao lugar e aos conceitos pretendidos, manter certa contemporaneidade, adequada as condições e espirito da atualidade. As unidades estão divididas nas seguintes categorias:

7.3 – Loft 1.0

Menor unidade do sistema, com área básica de aproximadamente 119,00m², pode sofrer ampliação para até 167,00m², na forma de aumento da área da sala de estar (5), de jantar (8) e dos quartos (21 e 23), ou na forma de varandas (6,7 e 17). Dentro da área básica,  possui um espaço polivalente (4),de 12,00m ², que pode ser utilizado como extensão da sala (5), como terraço ou como jardim de inverno, utilizando o sistema de fechamento das portas de vidro.

A “parede fogo” (3) permite a possibilidade de lareira na sala (5), no espaço polivalente (4) e no terraço (16), assim como churrasqueira no espaço polivalente (4) e no terraço (16). Sob o pilotis há espaço aberto de 40,00m² para guarda de equipamentos e objetos de esporte náutico, tais como pranchas de surfe, windsurfe, kitesurfe, boias, colchões de ar,etc..assim como espaço fechado de 5,00m² para guarda de objetos de praia tais como cadeiras, guarda sol, etc...As unidades podem receber área coberta de 13,00m² para garagem e/ou área de lazer associada a entrada de serviço/praia. Neste espaço (13) está o chuveiro externo e ponto d´água para lavagem de objetos, acesso a cozinha (10) e banho social (12). A idéia é posicionar máquina de lavar roupas embaixo da escada (11) favorecendo os serviços relacionados a chegada da praia.

O acesso social se dá diretamente da rua (7), e através de hall acesso à zona de serviço e social. A zona de estar, jantar e espaço polivalente relacionam-se com a “parede fogo” a qual, além de lareiras e churrasqueiras abrigará estante para livros, objetos e mídias.

No segundo paviemento, suíte e dormitório expansiveis (21 e 23) sobre a área de varanda (17) tem contato direto com terraço (16) e ofurô, onde sobre a “parede fogo” pode abrir-se churrasqueira na forma de parrilleira.

O sistema de áreas polivalentes oferecem áreas de varanda generosas onde a permanência em periodos de verão tende a ser bastante valorizada.

7.4 – Loft 1.5

Unidade intermediária do sistema, com área básica de aproximadamente 138,00m², pode sofrer ampliação para até 178,00m², na forma de aumento da área da sala de estar (5), de jantar (8) e dos quartos (21 e 23), ou na forma de varandas (6,7, 17 e 18). Dentro da área básica,  possui um espaço polivalente (4), de 12,00m ², que pode ser utilizado como extensão da sala (5), como terraço ou como jardim de inverno, utilizando o sistema de fechamento das portas de vidro. No segundo piso possui outro espaço polivalente (16), de 16,00m², que pode ser utilizado como mezanino da sala,  estar íntimo fechado, terceiro dormitório, terraço aberto ou jardim de inverno.

A “parede fogo” (3) permite a possibilidade de lareira na sala (5), nos espaços polivalentes (4 e 16) e no terraço (24),assim como churrasqueira nos espaços polivalentes (4 e 16) e no terraço (24). Sob o pilotis há espaço aberto de 60,00m² para guarda de equipamentos e objetos de esporte náutico tais como pranchas de surfe, windsurfe, kitesurfe, boias, colchões de ar, etc..assim como espaço fechado de 5,00m² para guarda de objetos de praia tais como cadeiras, guarda sol, etc...As unidades podem receber área coberta de 13,00m² para garagem e/ou área de lazer associada a entrada de serviço/praia. Neste espaço (13) está o chuveiro externo e ponto d´água para lavagem de objetos, acesso a cozinha (10) e banho social (12). A idéia é posicionar máquina de lavar roupas embaixo da escada (11) favorecendo os serviços relacionados a chegada da praia.

O acesso social se dá diretamente da rua (7), e através de hall acesso à zona de serviço e social. A zona de estar, com pé direito duplo, jantar e espaço polivalente relacionam-se com a “parede fogo” a qual, além de lareiras e churrasqueiras abrigará estante para livros, objetos e mídias.

No segundo pavimento, suíte e dormitório expansiveis (21 e 23) sobre a área de varanda (17) mais espaço polivalente referido anteriormente (16). O terraço (24) com aproximadamente 60,00m² cobre integralmente a unidade com ofurô, solário, área de refeições e jardim, onde sobre a “parede fogo” pode abrir-se churrasqueira na forma de parrilleira. Próximo ao volume de escada e banhos, “volume água”  há espaço fechado e descoberto para secagem de roupas e ducha ao ar livre.

O sistema de áreas polivalentes oferecem áreas de varanda generosas onde a permanencia em periodos de verão tende a ser bastante valorizada.

7.5 – Loft 2.0

Unidade maior do sistema, com área básica de aproximadamente 171,00m², pode sofrer ampliação para até 242,00m², na forma de aumento da área da sala de estar (5), de jantar (8) e dos quartos (21,22 e 24), ou na forma de varandas (6,7, 17 e 18). Dentro da área básica,  possui um espaço polivalente (4), de 12,00m ², que pode ser utilizado como extensão da sala (5), como terraço ou como jardim de inverno, utilizando o sistema de fechamento das portas de vidro. No segundo piso possui outro espaço polivalente (16), de 12,00m²,que pode ser utilizado como mezanino da sala,  estar íntimo fechado, quarto dormitório, terraço aberto ou jardim de inverno.

A “parede fogo” (3) permite a possibilidade de lareira na sala (5), nos espaços polivalentes (4 e 16) e no terraço (24), assim como churrasqueira nos espaços polivalentes (4 e 16) e no terraço (24). Sob o pilotis há espaço aberto de 75,00m² para guarda de equipamentos e objetos de esporte náutico tais como pranchas de surfe, windsurfe, kitesurfe, boias, colchões de ar, etc..assim como espaço fechado de 5,00m² para guarda de objetos de praia tais como cadeiras, guarda sol, etc...As unidades podem receber área coberta de 13,00m² para garagem e/ou área de lazer associada a entrada de serviço/praia. Neste espaço (13) está o chuveiro externo e ponto d´água para lavagem de objetos, acesso a cozinha (10) e banho social (12). A idéia é posicionar máquina de lavar roupas embaixo da escada (11) favorecendo os serviços relacionados a chegada da praia.

O acesso social se dá diretamente da rua (7), e através de hall acesso à zona de serviço e social. A zona de estar, com pé direito duplo e dois ambientes, jantar e espaço polivalente relacionam-se com a “parede fogo” a qual, além de lareiras e churrasqueiras abrigará estante para livros, objetos e mídias.

No segundo pavimento, duas suítes e dormitório expansiveis (21, 22 e 24) sobre a área de varanda (17) mais espaço polivalente referido anteriormente (16). O terraço (24) com aproximadamente 75,00m² cobre integralmente a unidade com ofurô, solário, área de refeições e jardim, onde sobre a “parede fogo” pode abrir-se churrasqueira na forma de parrilleira. Próximo ao volume de escada e banhos, “volume água”  há espaço fechado e descoberto para secagem de roupas e aducha ao ar livre.

O sistema de áreas polivalentes oferecem áreas de varanda generosas onde a permanencia em periodos de verão tende a ser bastante valorizada.

7.6 – Loft 2.5

Unidade especial, distinta do sistema, dada suas particularidades de implantação, com área básica de aproximadamente 151,00m², pode sofrer ampliação para até 164,00m², na forma de aumento de um dos quartos por cima da garagem (22).

A “parede fogo” (2) permite a possibilidade de lareira na sala (3), nos espaços e no terraço (22), assim como churrasqueira. As unidades podem receber área coberta de 13,00m² para garagem e/ou área de lazer associada a entrada de serviço/praia. Neste espaço (8) está o chuveiro externo e ponto d´água para lavagem de objetos, acesso a cozinha (10) e lavanderia (12).

O acesso social se dá diretamente da rua (7), e através de hall acesso à zona de serviço e social. A zona de estar, com pé direito duplo e dois ambientes, jantar e estar relacionam-se com a “parede fogo” a qual, além de lareiras e churrasqueiras abrigará estante para livros, objetos e mídias.

No segundo pavimento, duas suítes e dormitório (17, 20 e 21) e sobre a área da garagem (8) mais um dormitório referido anteriormente (22). O terraço (24) com aproximadamente 70,00m² cobre integralmente a unidade com ofurô, solário, área de refeições e jardim, onde sobre a “parede fogo” pode abrir-se churrasqueira na forma de parrilleira. Sobre o pé direito duplo da sala de jantar abre-se clarabóia que recebe farta iluminação zenital e permite exaustão de ar quente.

Nesta casa especial, um grande deck de madeira (1) de 33 m², relaciona a casa diretamente a praia e ao caminho de decks que percorre toda a orla do empreendimento, estabelecendo uma condição privilegiada a estas unidades.

8 – Considerações Finais

 

O projeto do condominio pretende, dentro da diretriz de respeito ao meio ambiente e valorização dascaracterísticas ambientais da região, bem como otimização dos recusros naturais locais, estabelecer estratégias nos projetos de infra-estrutura e equipamentos, a serem desenvolvidos conjuntamente com as equipes de engenharia responsáveis pelos projetos complementares. Desta forma serão desenvolvidas propostas para o re-aproveitamento das águas pluviais, estações de tratamento para esgoto e efluentes, captação de águas naturais, paisagismo adequado as condições ambientais e climáticas, sistemas de separação e coleta seletiva de lixo, sistemas de restrição para circulação de automóveis e criação de áreas de cisculação de pedestres e bicicletas,valorização e preservação da mata nativa e elementos naturais tais como pedras, areia, cursos d´água e cobertura vegetal.

 

           

Moacyr Moojen Marques

Sérgio Moacir Marques

    

2010


Projeto de Urbanismo, Paisagismo, Arquitetura e coordenação dos projetos complementares - 2007 / 2017

MooMAA - Moojen & Marques Arquitetos Associados

Arq. Moacyr M. Marques, Arq. Sergio M. Marques

Carlos Maximiliano Fayet (in memorian)

Colaboração: Arq. Barbara Mello, Arq. Valentina M. Marques, Arq. Mariana Wilkens, Arq. Monica Luce Bohrer, Acad. Lucas C. M. Marques, Acad. Gabriel Oshida.

Proprietários

Familia Fayet, Forma Espaços Imobiliários, Imobiliária Faggion

Empreendimento, Incorporação e Comercialização

Forma Espaços Imobiliários

Eng. Paulo Pompermayer

Col. Arq. Fernando Pasquali

Imobiliária Faggion

Francisco Faggion

Impacto Ambiental

Brasil Pinto Advocacia Ambiental e Empresarial

Adv. Antônio Carlos Brasil Pinto, Biol. Rafael Grazieira Perin, Eng. Agr. Hugo Mazon, Geog. Carolina Helena Rosa, Arqueol. Maria Madalena Velho do Amaral, QMC Laboratório de Análises

Topografia

MAFRA Topografia e CGPlan Serviços Topográficos

Projetos Complementares

Forma Espaços Imobiliários

Fotos Sergio M. Marques, 2009

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