Editorial

A história da arquitetura, por mais pragmática que se pretenda, não prescinde de interpretações e relações culturais, de visões diferenciadas e de determinadas teorias que constituem o saber sobre o qual se estrutura o conhecimento histórico. A teoria da arquitetura, por mais disciplinar que se pretenda, não prescinde de debruçar-se sobre a crítica da produção arquitetônica e sobre o conhecimento concreto da vida real, tal como ela se apresenta. A crítica de arquitetura, por mais erudita que se pretenda, não prescinde do projeto e da obra arquitetônica realizada, do conhecimento e reconhecimento profundo de sua natureza, de suas relações com as teorias e com a história. A arquitetura, por mais abstrata que se pretenda, não prescinde da natureza humana, de suas idossincrasias e de sua índole. Essa publicação, dedicada a Porto Alegre, objetiva retratar uma parte de sua história contemporânea, uma parte do pensamento de alguns de seus arquitetos, uma parte de suas obras. Não um bonito folder com as melhores imagens e personagens, mas um retrato real, escrito, desenhado e construído de sua produção recente. Uma parte de sua identidade. Uma identidade que detém relações históricas com Montevidéu, na qual compartilharam-se teorias, estabeleceram-se sensos críticos comuns e produziram-se arquiteturas afins. Não só por pragmatismo, por disciplina ou erudição, mas por afinidades e pelas relações pessoais criadas, que sustentaram a verdadeira base dessa identidade.

Essa publicação, celebra mais do que essa afinidade de história, de teorias, de críticas e de arquiteturas. Celebra um re-encontro de herdeiros. Herdeiros dessa história repleta de relações humanas. Uma história de fraternidade.

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La historia de la arquitectura, por más pragmática que se pretenda, no prescinde de interpretaciones y relaciones culturales, de visiones diferenciadas y de determinadas teorías que constituyen el saber sobre el cual se estructura el conocimiento histórico.La teoría de la arquitectura, por más disciplinar que se pretenda, no prescinde de inclinarse sobre la crítica de la producción arquitectónica y sobre el conocimiento concreto de la vida real, tal como se presenta. La crítica de arquitectura, por más erudita que se pretenda, no prescinde del proyecto y de la obra arquitectónica realizada, del conocimiento y reconocimiento profundo de su naturaleza, de sus relaciones con las teorías y con la historia. La arquitectura, por más abstracta que se pretenda, no prescinde de la naturaleza humana, de sus ancisincrasias y de su índole.Esta publicación, dedicada a Porto Alegre, objetiva retratar una parte de su historia contemporánea, una parte del pensamiento de algunos de sus arquitectos, una parte de sus obras. No un hermoso folder con las mejores imágenes y personajes, pero un retrato real, escrito, diseñado y construido de su reciente producción. Una parte de su identidad. Una identidad que tiene relaciones históricas con Montevideo, en la que se compartieron teorías, se establecieron sensos críticos comunes y se produjeron arquitecturas afines. No sólo por pragmatismo, por disciplina o erudición, sino por afinidades y por las relaciones personales creadas, que sostuvieron la verdadera base de esa identidad.
Esta publicación, celebra más que esa afinidad de historia, de teorías, de críticas y de arquitecturas. Celebra un re-encuentro de herederos. Herederos de esa historia repleta de relaciones humanas. Una historia de fraternidad.

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The history of architecture, however pragmatic it may be, does not dispense with cultural interpretations and relations, with different views and certain theories that constitute the knowledge on which historical knowledge is structured. The theory of architecture, no matter how disciplinary it may be, does not ignore the critique of architectural production and concrete knowledge of real life as it presents itself. Architectural criticism, no matter how erudite it may be, does not neglect the project and the architectural work carried out, the knowledge and deep recognition of its nature, its relations with theories and history. Architecture, no matter how abstract it may be, does not dispense with human nature, with its idiosyncrasies and with its character. This publication, dedicated to Porto Alegre, aims to portray a part of its contemporary history, a part of the thinking of some of its architects, a part of his works. Not a beautiful folder with the best images and characters, but a real picture, written, designed and built from your recent production. A part of your identity. An identity that holds historical relations with Montevideo, in which theories were shared, established common critical senses and produced similar architectures. Not only by pragmatism, discipline, or erudition, but by affinities and created personal relationships, which sustained the very basis of this identity.

This publication celebrates more than this affinity of history, theories, criticisms and architectures. Celebrate a re-encounter of heirs. Heirs of this history full of human relations. A history of brotherhood.

Sergio Marques, 2000