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Concurso Lanceiros Negros

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA LANCEIROS NEGOS

MONUMENTO EM PORTO ALEGRE E MEMORIAL EM PINHEIRO MACHADO

 

Porongos tem uma história em que lendas e mitos animam e povoam uma paisagem, de grande beleza, cujo potencial a torna protagonista principal de um momento importante, em que a glória dos Lanceiros Negros não foi a vitória no campo de batalha. Assim, a proposta arquitetônica e paisagística, pretende ser uma coadjuvante discreta, que se impõe como elemento complementar na divulgação do fato histórico. Integrado com os elementos da paisagem,  e aflorando  dos cerros e coxilhas como a pedra que brota da terra em Porongos, o Memorial situa-se  no local provável do combate final, momento culminante desse episódio da Guerra Farroupilha. Saindo do estacionamento no sentido sul/norte por um caminho, chega-se à praça cívica. Recepção de visitantes, onde se realocaram  os mastros das bandeiras e a placa de granito,  onde está gravado o poema Ancestralidade. A escultura de um Lanceiro, placas de referências históricas sobre o fato e seus personagens também estão nesta praça. A partir desse ponto, há um passeio/galeria destinado a exposições que atravessa o pescoço do porongo, formado pelos cerros. Ao longo dessa galeria, a luz natural penetra e valoriza os elementos expostos. No final desse trajeto, o espaço abre-se para a direita,  formando um anfiteatro - sala de eventos com 120 lugares - que começa coberto e continua na encosta dos cerros. A platéia está voltada para uma bacia, com a sanga e sua mata ciliar. Esse é o palco principal com o cenário já montado, onde provavelmente ocorreu o massacre.

 Um cerro, uma janela
 Um olhar para a história
 Um sonho de liberdade
 Uma luta sangrenta, sem glória
 LANCEIROS ENEGRECIDOS
 Pela surpresa e traição
 ainda buscam com dignidade
RESPEITO E RECONHECIMENTO

Um espetáculo de som, luz e imagem marca o episódio mais notável do acontecimento histórico: o ataque aos Lanceiros Negros. Frente à platéia coberta, o primeiro degrau se alarga e possibilita o espaço para as apresentações. É o palco intermediário, onde ocorrem os eventos culturais e as cerimônias. Ao fundo, continua o grande cenário da paisagem.  Faixas de lonas plásticas translúcidas e/ou opacas de enrolar, presas no extremo do balanço da cobertura, vedam e servem como pano de fundo para outros cenários. Contar uma história, e usá-la para apontar o futuro com otimismo, vai além dos elementos concretos da arquitetura e da paisagem. Estas se articulam através de trajetos e locais, onde se desenrolaram os momentos marcantes com seus personagens.
Um caminho perimetral arborizado, às vezes estrada, circunda toda a área em processo de tombamento. Saindo do estacionamento no sentido norte/sul, costeando a estrada, frente ao cruzamento para Bagé, passa-se por área conveniente a futuras expansões pela sua topografia e acessibilidade. Seguindo, cruzando pela área do MTG e contornando o cerro do marco geodésico  segue-se na direção sul/norte. Por aí, protegidos pelos acidentes topográficos, provavelmente entraram as tropas imperiais comandadas pelo Cel. Francisco Pedro de Abreu, (Moringue) na madrugada de 14 de novembro de 1844. A partir do MTG estão os quiosques e áreas para acampamentos, com infra-estrutura adequada. Neste trecho a Programação Visual e a Sinalização se intensificam para mostrar o caminho das Tropas de Moringue. Surpresa ou Traição? Por aí marcharam, protegidos pela ingênua e bela natureza, acobertados pela trama armada, resultando na chacina de porongos. Ao fim deste trecho uma referência escultórica a esse momento triste na história da epopéia Farroupilha. Lanceiros Negros, escravos surpreendidos. Soldados  imperiais armados em grande número atacaram com a missão de cortar e sepultar anseios de liberdade. Um percurso panorâmico importante é pela cumeada dos cerros, passando pelos eucaliptos até o ponto mais alto. Nesse local de visibilidade privilegiada está o mirante e a torre com cata-ventos. Marco de referência do sítio, animado pelo vento, seria usado para recalque de água de poço artesiano. 
As redes gerais de infra-estrutura  água, energia, etc.  acompanhariam o caminho perimetral, abastecidas de água por reservatório junto ao mirante e rede de eletrificação rural existente.

Sergio M. Marques, 2006

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA LANCEIROS NEGOS

MONUMENTO EM PORTO ALEGRE E MEMORIAL EM PINHEIRO MACHADO

1° Lugar
Autor: Arq. Euclides Oliveira – SP
Co-Autores: Arq. Sidney Linhares

2° Lugar
Autores: Arquitetos Cláudio Luiz Araújo e Sérgio Moacir Marques – RS

Co-Autores: Arquitetos Ana Claudia Vettoretti, André Luis Pereira Nunes, Carlos Henrique Neves Lourenço e Mônica Luce Bohrer

3° Lugar
Autor: Arquitetos Vlademir Roman, Rodrigo Poltosi de Jesus, Michel heberle, Leandro Castilhos Degani e Betina Endter – RS

Menções honrosas

Menção honrosa
Autores: Arquitetos Candi Hirano, Dani Hirano, Danilo Ribeiro Cardoso Terra e Juliana Assali Terra - SP

Menção honrosa
Autor: Arq. Edgar Bueno Wandscheer – PR
Co-Autores: Arquitetos Fabio Rodrigues Dói, Juliano André Weronka, Newton Julião Arcie e Paulo Cezar Natal

Menção honrosa
Autor: Arq. Gabriel Cruz Grandó / Idéia1 Arquitetura e Planejamento Ltda – RS
Co-Autora: Arq. Cristina Ferreira Martin

 Equipe

 

Arquitetura:

CLAraújo Arquitetos Associados + 

Moojen & Marques Arquitetos Associados

Arqs. Cláudio Luiz Araújo, Sergio Moacir Marques,

 

Co-autoria:

Ana Claudia Vettoretti, André Luis Pereira Nunes, Carlos Henrique Neves Lourenço e Mônica Luce Bohrer

Art. Plástico Caé Braga

Consultores
Eng. Cloraldino Soares Severo (Estradas)
Geol. Everton Luiz Pimenta Meira (Geologia) 
Eng. João Batista Machado Rosa (Estruturas) 
Arq. Moacyr Moojen Marques (Urbanismo)
Eng. Agr. Ronald Jamieson (Paisagismo)
Nestor Monastério (Cenografia/Cenotécnia

 

PREMIOS E EXPOSIÇÕES

2006

2° Lugar

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA LANCEIROS NEGOS

MONUMENTO EM PORTO ALEGRE E MEMORIAL EM PINHEIRO MACHADO

PORTO ALEGRE E MEMORIAL EM PINHEIRO MACHADO

 

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